12 Comentários
abr 15Curtido por Angelo Dias

gente que te reduz claramente é gente que não te conhece ou que sabe-se lá porque não gosta de uma nova versão sua que já não faz mais parte de uma dinâmica antiga, e faz parte... mas o famoso, você sabe que é um serzinho para muito além de um assunto só.

no aguardo do nosso rolê pós-virtual pois aquele almocinho santaceciler foi muito rápido

eu também sou do tipo que faz amizade até na fila do pão mas não sei transcrever em dicas além de usar uma coisa óbvia em comum mesclando com humor e piadas. mas acho que o uma coisa que conta muito é o "feeling da oportunidade" como o exemplo que você usou da sua amiga estar na mesma fila que você e coisas assim. interações humanas são simples e são complexas e às vezes só dá vontade de gritar kkkk

pra finalizar também sou fã de guy ritchie e não vi esse ainda, verei!

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hahaha eu to com essa constante vontade de gritar em ambientes sociais em que não conheço ao menos um ser humano. Vou testar o humor & piadas, se for preso mando o boleto aí pra sua casa

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Angelo, vamo lá.

Normalmente eu evito comentar na newsletter das pessoas por que não sei não ser prolixo. E aí comentar uma newsletter numa newsletter é chatão. Agora que você sabe que isso também me incomoda e que eu peço desculpas, vamos ao que importa.

Primeiro de tudo, sobre a jovem do bar, você se esqueceu da velha máxima que permeava os anos longínquos da internet. Encontrar alguém da rede online fora da rede online era milagre, motivo de celebração, causava gritos e júbilos. Organizar encontros online nos anos 2000 /2010 era um parto, convencer as pessoas a irem era um parto, então, quando você ia lá e conhecia seu amigo de 2000 KM que veio montado num unicórnio de 8 rodas numa viagem de 45 horas só pra te dar um abraço, bom, aquilo era especial. Morar em São Paulo tira um pouco disso da gente, eu sei. Pense em quantas pessoas você conhece /segue, e mesmo não sendo proposital, quantas são de ou em algum momento estão ou estarão em São Paulo. Sim, essa cidade nos rouba até isso.

Você perdeu uma oportunidade incrível. Poderia tê-la cumprimentado, sido honesto. Foda-se se ela não se lembra de você, se você envelheceu, se sua aparência mudou tal qual um doppelganger alucinado. A parte mais difícil que era a conversa, a afinidade de assuntos, essa vocês já tinham. E se ela te ignorasse, te tratasse com desdém, se chutasse sua dignidade no bar enquanto bebia sua dose de Countini, tudo bem, levaram 4 anos pra vocês se encontrarem fisicamente, até os próximos 4 você já teria esquecido tudo isso.

A melhor parte de conhecer e conversar com pessoas é descobrir coisas novas, risos novos, argumentos e percepções novas. Tu perdeu tudo isso por um medo extremamente bobo que sinceramente não imaginava que tu tivesse nessa altura, até pelo terceiro tópico, que entraremos em breve.

Chama a mina pra conversar, manda essa newsletter, marca um contrinha de King Of Fighters 2002 no fliperama mais vagabundo que tu achar valendo um tema pra conversa. Quem perder propõe.

É cliché dizer que a vida só se vive uma vez. E pode ser mentira também, vai saber. Mas os momentos são irrecuperáveis. O que já foi já foi. Tenta não perder os próximos. A pior coisa que pode acontecer é sua conversa virar outra newsletter e gerar mais 10 comentários.

E tente levar em conta que quem tá dizendo isso é o Jonas dos eventos do GoTR, não o depressivo que fez um esforço hercúleo pra ir no aniversário de um amigo que também estava triste e a 10000 Km. Eu sei que não dei o meu melhor ali, só agora to conseguindo andar pros lados e as vezes pra frente.

Bares e conversas é um tópico ainda mais fácil. E sem apelar pra ebriedade, embora eu quase sempre opte por ela, mas por outras questões.

Primeiro veja bem dentro de si o motivo pelo qual queres puxar conversa. Tu achou a pessoa bonita? Parece divertida? Ela tá com um cheirinho legal? Ela pediu um prato apetitoso e você adoraria uma mordidinha?

De posso do motivo, procure quaisquer elementos em comum. Qualquer um. Até eu antes de ficar full cego achava um. Tu vai também. Óculos, roupa, tamanho, se tá calor, frio, se chove, sobre a briga na mesa de sinuca ao lado, qualquer coisa.

Um bar goza de um privilégio que poucos espaços de convivência tem sequer em proporções parecidas. Quem tá ali tá tentando ser feliz, conviver, socializar. Ao menos o mínimo esforço a outra pessoa fará, a menos que tua introdução pareça muito claramente flerte e ela muito claramente não te queira. E se for o caso, faz parte.

E se tudo isso der errado, faça sua melhor cara de riso e diga que os cometas estão se beijando. Já deu certo comigo duas vezes. Não contarei aqui.

Por fim, sobre seu amigo invejoso, é preciso colocar as coisas em perspectivas.

Sim, você fala bastante de suruba. Bastante mesmo. Bastantão. Nas redes sociais, nas Newsletters até. Mesmo nas que não forem sobre suruba haverá a palavra suruba. E isso por que suruba é uma parte primordial de quem você se tornou. Dado o seu atrapalhamento em bares e com conhecidas da internet, diria até que é sua principal forma de socialização. E até aqui não tem problema algum.

A questão é que isso incomodará pessoas que nada querem com suruba. Não as que querem ouvir só esporadicamente, nem as que até topam ouvir pelos seus outros lados e assuntos. Mas apenas aquelas que não querem mesmo ouvir sobre suruba. Não querem fazer uma, conhecer uma, saber sobre uma, talvez até tentem fingir que surubas não existem enquanto abraçam os joelhos no escuro e torcem para o material não ser real.

E aí, pra essas pessoas, nesses contextos, talvez você fale mesmo muito sobre suruba. E tá tudo bem. Ninguém pode abraçar todo mundo. Ninguém agradará à todes. Ninguém está além de vícios.

Mas, ao invés de ficar se criticando, se martirizando e se punindo publicamente por gostar publicamente de algo que muitos gostam secretamente e jamais terão a sorte ou oportunidade de executar, pense pelo outro caminho.

Em que a suruba incomoda tanto seu amigo? O que a suruba deu ao Angelo de 8 anos do futuro que tanto faz com que ele sinta-se ameaçado ou afetado?

Como ele é um caso único, isso talvez lhe dê uma resposta mais simples e lhe evite perder tempo de terapia. Vai facilitar tua vida.

Sobre o resto nem vou comentar pois quase outro texto já. Mas se quiser debater numa mesa de bar enquanto abordamos desconhecidos como experimento social pra propor-lhes um campeonatinho de boliche, bom, aí só dar o famoso salve.

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Esse “amigo” aí tem umas questões a trabalhar dentro de si mesmo se falar de suruba incomoda tanto ele… JAMAIS PARE

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Fiquei doze anos casada e foi um suplício meus anos de solteira. Não sabia flertar, fiquei meio adolescente, infernal.

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Sei exatamente como é, uma coisa sem saber onde colocar as mãos, sem saber o que falar direito, meio (como meus irmãos adolescentes dizem) tchongo. O bom é que a gente logo percebe que tá todo mundo na mesma página, tudo tchongo igual.

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abr 15Curtido por Angelo Dias

Vou juntar no comentário 2 tópicos: você não fala só de suruba, as pessoas que te perguntam sobre porque você (em teoria e prática) entende mais que a maioria sobre o assunto. Mas só quem já viveu sabe a delícia que é te ver no modo Testemunha de Becky Chambers ou de Tool. Você tem outros gostos e parece ter abertura para diálogo sem presumir que o interlocutor é burro, e nisso você consegue puxar assunto e conversar e conhecer gente. Pelo menos no meu entendimento.

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Obrigado Fran! E sim, minha skin Chambersfã é real e impactante.

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Muito sucesso para você, querido! Seus textos são incríveis <3

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relax, man 🩷

ps: eu tava desconfiada desse livro do Rubin, obrigada por essa resenha hehe

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e olha q eu já li cada autoajuda, viu... essa tá quase no pódio de "podia ter sido um artigo"

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poderia ser uma newsletter lol

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