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Achei interessante sua analogia da corrida porque hoje vivo justo o processo inverso, escolhendo as linhas de chegada das quais posso abrir mão e me preservar pra conseguir correr outro dia. De qualquer maneira, que tenha bons passos, que as feridas sejam superficiais e que em setembro tome a decisão que te faça mais feliz. E independente de atravessar a linha de chegada, sempre há pessoas pra ajudar a cuidar das feridas. Força! Bora dar esse sprint final!

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Angelo, nem sei como expressar minha admiração por sua coragem de se expor tão abertamente. E com tanta fluência e domínio das palavras. Seu ciclo com a terapeuta chega ao fim no momento em que o meu está prestes a começar. Algo que foi adiado por minha eterna teimosia em achar que posso resolver tudo sozinho.

Me vejo muito nos seus posts e nas suas dores. Perdi meus pais um atrás do outro em um período de dois anos. Minha mãe em 2018 e meu pai em 2020, ambos por câncer. Tb me senti só e sem norte, apesar de acompanhado e cercado de pessoas amadas. Tenho bastante dificuldade de falar sobre a morte dos dois. Torna tudo tão real e expõe várias feridas. A vida de imigrante com certeza não ajuda. E é sim uma merda. Cada vez mais eu entendo autores que criam seus próprios mundos pois não pertencem nem se encaixam na sociedade que os cerca. A frieza dos povos do norte é difícil até para um introvertido como eu. É bem difícil fazer conexões reais.

Velho, a gente precisa marcar uma conversa. Trocar umas figurinhas sobre a vida.

Abraço

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Mr Theo, boa sorte na sua nova jornada! Terapia é muito bom e eu sei que essa pausa é temporária. Não, não dá pra resolver tudo sozinho, infelizmente.

Sinto muito pelos seus pais, acho que a terapia é um bom espaço pra falar sobre isso e deixar as feridas sararem, mas tome seu tempo e não tente apressar o processo. Infelizmente aprendi que essas cicatrizes não saram nunca, só mudam de formato...

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Oi, Angelo! Adorei esta edição da Newsletter. Olha, não sei se ajuda, mas morar fora é um processo de adaptação bem maluco, mesmo. Algumas coisas vão rápido, outras adaptações acontecem devagar. São muitos ritmos porque cobre um monte de aspectos da nossa vida, desde comida, passando por intimidade e senso de humor. Estou fora há 12 anos (com um interlúdio de 2 anos no Brasil), e só nos últimos três é que passei a me sentir mais em casa. Antes disso, rodei 3 países - Suíça, França e Espanha. Vai com fé, o alemão é uma língua punk mesmo mas em algum momento a chave vira. E que em setembro venha a decisão que te faça mais feliz mesmo, de verdade! Um beijo

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Obrigado <3

O foda dessa coisa do "leva tempo" é ouvir gente q tá há 8 anos em Munique e ainda não se encontrou. Eu não tenho 8 anos pra gastar nessa busca, sabe?

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