Mais um que é basicamente uma grande Rapidinhas
Escrever pouco ao invés de escrever com pressa
Hoje é dia 15. Não sei se você já percebeu, mas minhas edições sempre saem dia 1º e dia 15. Sem falta, desde que retomei a newsletter.
Bem, hoje ia faltar. Estou tendo semanas desgraçadas, trabalhando pra caramba, então não tive tempo de fazer nada muito criativo.
Para não ferir meu streak, resolvi escrever essa que é basicamente uma série de rapidinhas ou notas sobre a vida, o universo, e tudo mais.
Ficou grande.
Em tópicos:
O passado e o futuro
O email do futuro chegou e é o DÉCIMO ANO que o escrevo. Se você não sabe, é um email que mando para mim mesmo hoje e só recebo em ±12 meses. Quando ele chega, fico sempre surpreso vendo como a vida mudou — e como as coisas mudam rápido. Vou escrever uma edição especial comemorando (e contando coisas!!) os dez anos. Oremos.
- entrou na minha mente e basicamente roubou minha pauta (BRINKS). Estou matutando um texto sobre educação como vontade ao invés de simples utilitarismo e ela me vem e lança essa bomba aqui… por favor, se você clicar no texto abaixo, VOLTE AQUI PRA TERMINAR DE LER ESSA RAPIDINHA. Em breve o meu texto. Oremos.
Li 40 livros (até agora) neste ano. Será que um dia eu faço uma edição com os melhores? Bem……. oremos.
Vida
Estou EMPREGADO 🎉🎉🎉🎉! Comecei, há ±1 mês, a trabalhar na Appnovation, uma consultoria canadense com escritório no Brasil — sim, bebê, sou novamente CLT. No momento estou alocado em um projeto da — sério, olha que chique — Harvard Business School. Dá pra sacar o peso disso? Tomara que eu vença o período de experiência e que venham outros milhares de projetos fodas.
Viajei pra Angra dos Reis com meus irmãos e dois casais de amigos de longa data. Foi apenas curtição e divertimento. Fazia tempo que eu não tinha quase zero stress em um fim de semana completo. Veja o vídeo abaixo do meu amigo Boaz, ele tem tipo 1 minuto se pá.
Cultura
Cinema
Assisti Fernanda Torres, O Filme (conhecido também como “Ainda Estou Aqui”) e é absolute cinema. “Ah mas é apenas um filme 3 estrelas” — eu discordo. Se você quiser discutir, abra sua newsletter e publique sua resenha lá. Não dá, se eu fico emocionado demais com filmes/obras sobre ditadura militar fictícias, imagine uma sobre a realidade. A Fernanda Montenegro me fez chorar sem falar uma mísera palavra, sabe?
Assisti The Contestant, filme sobre um japonês que ficou ± preso, peladão e sem comida, por um ano num reality show bizarro. É interessante, mas me deu vontade de socar todo mundo.
Música
To PIRADÍSSIMO na banda gótico-cumbia (cumbiogoth?) Karen y Los Remedios. Sim, é isso mesmo: gente de batom preto fazendo um som latinoamericano com todo o gosto da batida cumbiesca com o look de uma noite no Madame. RECOMENDO FORTEMENTE ESSE DISCO HEIN.
Entre más oscura
Cae la Noche
Bailo despacio
Me ilumina
La melancolía
Y una veladora
Que prendí
Ainda no tema musical, conheci sem querer a banda brazuca Oblomov, que tem um som psicodélico, bem riponga mesmo. Achei bem foda, ainda mais quando a música começa com “A lanterna do meu saber alumia aos poucos”. Alumia, sabe? Que delícia. “Toda verdade é um navegar sem fim”. Acende, puxa, prende, e passa.
Literatura
Encontrei uma possível alternativa ao Goodreads, o The StoryGraph. A parte boa: é uma empresa com ZERO vínculo com a Amazon, liderada por uma CEO mulher & preta. A parte ruim: é bem nova, então tem pouco recurso, e tem uma coisa ou outra com IA que eu torço o nariz. Eu nem sei se é uma rede social, mas visitem meu perfil. Se você ainda está no Goodreads, clique aqui.
Estou procurando livros sobre suruba — especificamente sobre o contexto histórico. O primeiro que peguei, A Curious History of Sex, de Kate Lister (uma pesquisadora de sexualidade e a pessoa por trás da conta Whores of Yore, do falecido Twitter) é uma publicação bem massa pois fala de muita coisa ao redor de sexualidade… mas não fala muito de suruba não. Ainda recomendo muito se você gosta de ler sobre safadeza ao invés de só fazer safadeza. O segundo é Plays Well in Groups: A Journey Through the World of Group Sex, escrito pela ex-stripper e antropóloga cultural (adoro esse combo) Katherine Frank. Esse aqui é absolute literatura, já aviso — fala DEMAIS sobre sexo grupal em variados contextos, e talvez tenha a melhor descrição sobre a prática que já encontrei por aí. Vou terminar o texto de hoje com essa pedrada aqui sobre sexo, velhice, e comportamento.
I have people to share the aging process with.
We are all experiencing changes in our sexuality, and it’s nice to have people to talk with about it. And, you know, your family changes as people die. When you’re in your seventies, the people around you are dying. I’ve already lost two partners in their sixties. Desire is still important, but now I really crave the intimacy. Sometimes you don’t need pounding sex, but someone to just be with you while you take care of yourself. My past sexual experiences have taught me that.
Sometimes, I just look around the room at all these naked old people and think about how lucky I am to have people to share this phase of my life with. I know now that getting old doesn’t mean the end of sex or of intimacy with others. It’s different but still satisfying. I don’t worry about loss. Even though I’m almost eighty, I know that I’ll find women to connect with, even if I somehow end up single again. I’m a sexual man and I like myself.
Deep down, I enjoy who I am. I know there are women out there who will be attracted to me at any age. I went to check out an old folks’ home, because I’m moving into one soon, and the woman who runs it told me, “Jay, you’re lucky you’re bringing your girlfriend because if you came here alone, you’d be inundated with casseroles!”
My partner is almost sixty, and I’ve opened her up to new experiences also. I took her to Hedonism and she had oral sex with a woman right by the hot tub while I watched. We’ve been together a few years and are still exploring. I’m visual. I love watching my partner fuck, though she is less comfortable with it. We had sex with another man a few times. At one point, I was watching from the couch and I could tell she was getting turned on. I enjoyed them being together. But she felt horrible guilt about it later. “I’m supposed to be in love with you,” she said. Some things get easier as you age, but other things stay the same—like the need to check in with each other. I think she was worried about my feelings. But I enjoy watching so much that I don’t need to always be in the middle of things.
I’m thankful to have a committed partner who understands my need for occasionally being sexual with others and accepts it. I go to fewer sex parties nowadays, though they are still fun and exciting when I do. I threw a party for about twenty people a few weeks ago. The youngest person was a sixty-five-year-old woman. I introduced her to BDSM. She’d been with other men before with her husband in the room. He’s eighty-four and likes to watch her have sex with other men while he masturbates. They’ve done that for a while. But she’d never had someone take the time to really expose her to all the sensory aspects of BDSM, like bondage or feathers.
Sometimes things happen more slowly when it’s a bunch of old folks, but people still play. Our parties are loving, accepting. It’s not just about getting off, because some of the guys don’t even get off! But the women are still hot and have lots of orgasms. Most importantly, everyone laughs together.
Até a próxima edição, pois por hoje é só.
parabéns pelo emprego! e valeu a menção (ainda acho q vc tem sim q publicar seu texto sobre educação)
hoje ouvirei karen y los remedios :)